Submarino está em "estado de busca e resgate", que permite incrementar o raio de busca. Diversos países, inclusive o Brasil, ofereceram apoio nas operações.
Um submarino militar argentino, cuja última comunicação foi feita há mais de dois dias, permanece desaparecido no mar com 44 tripulantes a bordo apesar dos esforços para encontrá-lo, disse a Marinha argentina.
(Correção: O
G1 errou ao informar que o submarino havia sido encontrado na noite de
sexta-feira. A informação, inicialmente publicada pelo jornal"Gaceta
Mercantil", foi desmentida em coletiva da Marinha, na manhã deste
sábado. O erro foi corrigido às 11h15 de sábado).
Na noite de sexta, o jornal "Gaceta Mercantil" chegou a publicar a
informação de que a embarcação havia sido localizada. A informação, no
entanto, foi desmentida pela Marinha.
"São rumores não confirmados", afirmou o porta-voz da Marinha, Enrique
Baldi, em entrevista coletiva na manhã deste sábado (18).
O submarino ARA San Juan manteve contato com a base pela última vez na
manhã de quarta-feira (15), quando estava no sul do Mar Argentino, a 432
quilômetros da costa patagônica do país.
Desde então, e a despeito das tarefas de busca, não houve notícias da
embarcação, de acordo com a Marinha do país, cuja principal hipótese até
agora é de um problema com o equipamento de comunicação. De acordo com o
protocolo, caso esteja apenas sem comunicação, o submarino deve sair a
superfície para favorecer o contato visual.
"Foi declarado o estado SAR - search and rescue - de busca e resgate em nível nacional", informou o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi. "Todos os navios na zona devem estar atentos a qualquer avistamento ou comunicação VHS".
Segundo a convenção da Organização Marítima Internacional, o nível SAR
estabelece "a cooperação entre organizações de busca e salvamento".
O porta-voz da Marinha explicou que, além dos recursos aéreos e
marítimos da Argentina, uma aeronave da agência aeroespacial
norte-americana NASA sobrevoou parte do Atlântico Sul onde o submarino
estaria.
Todas as estações no litoral atlântico argentino estão em alerta para
possíveis frequências de transmissão do submarino, que deveria informar
sua posição a cada 28 horas.
Por sua vez, o governo chileno disse que enviou uma aeronave de
observação para ajudar na busca, enquanto o Ministério das Relações
Exteriores argentino informou que o Reino Unido ofereceu suporte
logístico. Os governos do Brasil, Uruguai, Peru e África do Sul também
ofereceram assistência à Argentina, de acordo com a força.
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou em sua conta no
Twitter que o governo estava empenhado em usar todos os recursos
internacionais para encontrar o submarino o quanto antes.
O ministro da Defesa, Oscar Aguad, voltou imediatamente do Canadá, onde
assistia a uma reunião da ONU, e instalou seu gabinete na base naval de
Mar del Plata.
Sumiço
O submarino militar, com 44 tripulantes, perdeu contato com a terra e
provocou uma busca massiva, que mobilizar pelo menos duas aeronaves e
três embarcações.
A última comunicação foi feita na manhã de quarta, e na quinta-feira
(16) à tarde começou a ser executado um protocolo internacional, dando
início a uma operação de busca.
"Aeronaves e navios da Armada estão na zona da última posição conhecida", explicou Balbi.
A Marinha assinalou que "realiza operações para retomar as comunicações com o submarino".
A última comunicação do submarino ocorreu às 7h30 local de
quarta-feira, com posição estimada "430 km do ponto mais próximo da
costa a sudeste da Península de Valdés", um pouco além do limite das 200
milhas.
A Armada negou uma versão da imprensa de um suposto incêndio no
submarino, enquanto trabalha com a hipótese de um problema nas
comunicações."Pode-se associar um problema de baterias por falta de alimentação
elétrica", sustentou Balbi, explicando que quando o submarino detecta a
falta de contato com o exterior este deve ir à superfície, segundo o
protocolo.
"Até o momento não foi ativada a baliza de radiolocalização", declarou Balbi sobre o dispositivo de emergência.
O "ARA San Juan" é um dos três submarinos da Marinha argentina, que o
incorporou em 1985. Trata-se de um tipo TR-1700, construído no estaleiro
Thyssen Nordseewerke de Edemen, na Alemanha, e colocado na água em 20
de junho de 1983.
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